segunda-feira, 12 de março de 2012

Queria esfregar o Chico na cara dela

Hoje eu fiquei com vontade de pegar aquela música do Chico e esfregar na cara dela. Por um milagre divino ou demoníaco aquela menina ligou aqui em casa hoje; justo no dia do seu aniversário, justo comigo todo animado; como quase sempre, pronto para atender o telefone. Não sei por que diabos falei sem titubear como um homem cheio de planos, até me achar incomodado com aquela conversa; que poderia continuar muito facilmente por dias como nos velhos tempos. Há quase três anos atrás eu quase morri por ela como não tinha morrido por nenhuma outra paixonite de adolescência. Hoje eu conversei com a dita quase que por obrigação, quase com vontade de lavar a alma para me limpar da raiva com que me contaminei. Quase com vontade de ficar mudo no telefone, com muita vontade de não dizer nada; como ela fez quando desapareceu e eu fiquei desesperado para dizer adeus e ela não quis falar mais uma gota (por 3 anos, até o acaso de hoje). Sinceramente eu fiquei com vontade de derramar na cara dela aquela música do Chico (Todo sentimento) que ela me deixou de despedida. Eu me sinto muito mal de saber que ela ainda habita um universo próximo do meu, com chances reais de encontros, com chances reais de ela perguntar sobre a minha vida e meus planos (como aconteceu hoje) e de eu dar a corda, de eu dar um milímetro da minha atenção. De eu dar significado a existência dela! Eu tenho nojo de pensar em toda sua atenção exacerbada e falsa e todas as músicas do Chico e discussões intelectuais. Eu queria muito ter a certeza de que ela também sofreu, ou de que ela planejou tudo isso desde sempre ou de alguma coisa... Mas eu só tenho certeza mesmo de que eu deveria ter quebrado aquele telefone antes de entregar para sua ex-melhor amiga (minha irmã), o que me emputece triplamente! Ainda me senti mal por não ter dado os parabéns e quase que mandei por facebook até que a primeira onda de raiva atacasse!!



O tempo da delicadeza não existe!