segunda-feira, 17 de maio de 2010

E o palhaço não usa mais maquiagem

E me vieram falar de bundas outra vez; e eu que sou um esteta, também, não deixei de admirar. Mas exatamente por ser um esteta me cansei desses apontamentos. Bundas são muito visíveis, são muito arrogantes, são muito físicas e exatas. Elas não apontam seu humor e nem indicam sua capacidade para felicidade. Eu gosto de humores, principalmente dos que fingem; fingem no sentido de estarem sempre na iminência de aparecer, mas se escondem por timidez o que demonstra sua intensa identidade com a alma do portador. Mas eu não gosto só de humores, também tenho gostado de olhos, não desses olhos comuns, mas daqueles que tenho tido paciência de admirar... e que falácia dizer que eles são a janela da alma. Alma não precisa de janela para aparecer, e quem disse que ela aparece. Ela é...um espectro.
Não que eu tenha perdido o gosto pelo físico, não mesmo, mas é que isso não parece mais me consumir horrores e nem paixões platonescas (será?), parece que não, parece ouro; de tolo. Você fica feliz quando vê, mas de repente aquilo tudo não vale aquilo tudo. Aquilo tudo é aquela toda sua incapacidade de olhar direito e ver que tal ouro não é tão valioso assim. Vale ressaltar que a diferença do ouro de tolo e do ouro real é o valor que damos a eles... e dai? e dai nada...estou pintando meu bigode de branco.

bigode branco=experiência

Continua...

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